Coordenadora de curso desrespeita acordo da FaCHS com os bolsistas do ProUni

Em meio a última discriminação institucional que os ingressantes do ProUni sofreram no curso de psicologia(veja a matéria aqui), a Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde - FaCHS convocaram uma reunião de última hora com o corpo discente, segue o sucinto e-mail:

"Prezados Alunos PROUNIs

 Está convocada reunião para o dia 08/03 (sexta-feira) as 10h, sala P-65 para esclarecimentos em relação aos realocamentos no turno vespertino/noturno.Atenciosamente,Direção da FaCHS - Prof. Luiz Augusto de Paula e Coordenação de curso - Profª Regina Kato".

 A mencionada reunião prestou-se para fornecer aos presentes os seguintes esclarecimentos:

1- A coordenação de curso alegou não ter conhecimento de que a Secretaria de Administração Escolar (SAE) havia matriculado os ingressantes bolsistas no período matutino/vespertino, tendo sido informada do ocorrido apenas na semana corrente. Informaram ainda que as vagas para os integrantes beneficiários do Prouni estavam reservadas, no planejamento da FaCHS, para o período vespertino/noturno;

2- Com relação à maneira pela qual os alunos bolsistas foram informados da mudança de turma, a coordenação pediu desculpas e explicou mais uma vez que não teve participação na mencionada mudança, tampouco na elaboração e remessa do arbitrário email encaminhado aos bolsistas. Alega que o email foi elaborado e encaminhado pela SAE aos bolsistas sem o aval da coordenação do curso e que esta, assim que tomou conhecimento do teor do email, teve como primeira atitude convocar a mencionada reunião de última hora;

3- Eles assumiram o erro cometido pela PUC enquanto instituição e reconheceram o transtorno causado aos bolsistas. Disseram não querer prejudicar nenhum Prounista. Porém, deram a esses alunos apenas três opções:

3.1- Permanecer no período matutino/vespertino apenas por esse semestre, sendo que as aulas de laboratório deverão ser realizadas com a turma correspondente do vespertino/noturno, vez que os laboratórios do primeiro horário estão lotados. (Caso os alunos optem por esta opção, deverão conversar com a coordenadora Regina Kato para combinarem os horários de aula);

3.2- Permanecer no período matutino/vespertino por todos os semestres, abrindo mão de qualquer possibilidade de transferência no futuro, ou seja, caso o aluno tenha necessidade de mudar de horário em algum semestre posterior devido a trabalho, estágio ou qualquer motivo, seu pedido será negado, pois o aluno ficará vinculado a esse período durante os 5 anos da graduação;

3.3- Transferir-se, desde já, para o período vespertino/noturno e, caso o aluno queira retornar ao período matutino/vespertino nos próximos semestres, será avaliada a existência de vagas, ou seja, a transferência será condicionada à essa existência, não havendo qualquer garantia. (Escolhida essa hipótese, a escolha deve ser informada à Regina Kato pelo e-mail reginakato@pucsp.br).

Frente a isso, alguns alunos optaram por permanecer no período da manhã, possibilidade que, frise-se, foi aberta a eles pela FaCHS na reunião supramencionada. Porém, tiveram seus pedidos recusados pela professora Regina Kato, a qual, segundo relatos, tratou os alunos com estrema arrogância. 

Diante dessa grave denúncia, além da indignação de todo o corpo estudantil bolsista da PUC-SP, ficam até agora sem resposta os seguintes questionamentos: Qual é o significado disso? Por que simplesmente não cumpre-se o acordo que foi proposto pela coordenação do curso na reunião? E mais que isso, o que leva uma profissional da educação a agir desrespeitosamente com estudantes que, aflitos com uma situação difícil, sobre a qual não tiveram qualquer influência ou controle, somente buscam por respostas e pela efetivação de seus direitos?

Em face da postura adotada pela SAE, considerada aqui como discriminação institucional, não pouparemos esforços para que as devidas providências sejam tomadas, e não hesitaremos em lutar pelos direitos que conquistamos ao conseguir a permissão de pisar no chão da nossa universidade.

Queremos apenas ser respeitados como iguais, estudantes com os mesmos direitos e obrigações dos demais, o que, inclusive, nos é assegurado por lei. Pleiteamos respeito à escolha de horário que fizemos. Escolha essa que nos foi dada na ocasião da realização da matrícula, e novamente na reunião acima mencionada, e por duas vezes foi desconsiderada arbitrariamente, por motivos discriminatórios! Respeito é bom e lutaremos até o limite de nossas forças para sermos respeitados sempre!