Gostaríamos de acreditar que um dos fatores que indicam a grandeza de uma universidade é a capacidade que essa tem de desenvolver e manter sua diversidade sociocultural através de uma cultura inclusiva, da criação de uma comunidade universitária acolhedora, colaborativa e motivadora na qual cada sujeito é valorizado e respeitado mesmo nas suas singularidades. Cabe a instituição, por conseguinte, pensar em estratégias integradoras que enfrente a desigualdade de oportunidade e promova políticas de acesso e permanência.
O Fundo Emergencial de Solidariedade da PUC-RJ – FESP, por exemplo, garante a concessão de auxílio-transporte, alimentação, moradia, material didático, Xerox, aulas de inglês, informática e atendimento psicoterapêutico para os alunos bolsistas integrais que estão em situação de vulnerabilidade social. Além disso, a PUC do Rio de Janeiro, que é considerada a melhor universidade do país dentre as instituições privadas, oferece ainda, a bolsa-mérito, bolsa-Ação Social, bolsa-coral, bolsa-esporte, dentre outras, para os alunos da comunidade. Já a PUC-SP, sequer tem um fundo social especifico para o desenvolvimento integral de seus ingressantes que entram através de programas de inclusão social e ações afirmativas.
O ProUni, por exemplo, que é considerado um programa que garante o acesso ao ensino superior, não combate totalmente a privação do acesso e nem garante a efetiva inclusão social após o ingresso na universidade, uma vez que os estudantes continuam privados do acesso aos recursos básicos para sua formação acadêmica e restringidos dos eventos sociais mais caros, como viagens para congressos e até a própria festa de formatura. Por isso mesmo, cabe aos estudantes se organizarem politicamente para cobrarem à instituição e ao estado a retomarem os papeis que lhes cabem na luta pelo acesso e permanência na universidade, bem como a luta pela efetiva inclusão social e ao combate a privação do acesso em nossa sociedade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário