Matéria publicada por Guilherme Almeida -
AGEMT
Foto: Marina D'aquino
O Projeto
Universitário de Suporte ao Estudante
(Pro-Uni-SE) nasceu em 2011 para articular os alunos do programa
Prouni do governo federal.
Autogerido pelos próprios estudantes bolsistas do
programa, o ProUni-SE foi concebido inicialmente para
garantir a equidade entre pagantes e bolsistas perante à universidade, já que
não são garantidos os mesmos direitos em relação ao trancamento de cursos e
transferências de créditos. Além disso, o coletivo passou a se preocupar
também com outras questões, como o possível choque social a que estudantes mais
pobres podem sofrer quando imersos numa realidade mais elitista – como é a da
maioria da universidades particulares.
O Prouni antes era uma medida paliativa, agora é projeto
fixo no plano de educação, uma realidade que veio para ficar. No entanto, o
estudante não tem respaldo, além da concessão da bolsa. Cabe aos próprios
bolsistas arcarem com todas as despesas relativas ao curso, como por exemplo a
compra de material, alimentação e transporte. Em outras palavras, o acesso à
universidade é facilitado mas a permanência não.
Hoje o grupo ganha corpo e passa a agir como mais uma das
forças políticas da PUC-SP. Inclusive levando a criação de coletivos similares
em outros campi. O ProUni-SE tem um projeto agregador, que pensa na
qualidade de formação do estudante bem como a qualidade do tempo passado na
universidade. Ideias como atividades culturais e a criação da um jornal estão
ganhando forma em seus debates.
O
que é o Prouni ?
É um programa do governo federal, referendado pela lei No
11.096, em vigor desde 13 de janeiro de 2005. Está previsto no Plano Nacional
da Educação, desde sua versão antiga de 2004 e na atual (2011 – 2020). O meio
de ingresso no Prouni é o Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM). O estudante se
candidata para uma vaga e é selecionado ou não pela sua nota na prova. Quem não
consegue a bolsa fica numa lista de espera, semelhante a qualquer
vestibular.Uma média de 195 mil bolsas foi oferecida no inicio desse ano, para
quase 900 mil inscritos. Ou seja, em relação à demanda, o número de vagas é
limitado.
PAC
Existe um setor na PUC-SP que deveria oferecer ao
estudante condições de adaptação ao ambiente, acompanhamento psicológico entre
outros problemas que levam à evasão de bolsistas. Contudo, a intersetorialidade
não é um forte da Pontifícia. Isso faz com que o SABE (setor de administração
de bolsas de estudo) não repasse para o PAC (setor de atendimento universitário)
dados importantes para uma ação estratégica nesse sentido.