Da Periferia aos Desafios do Ensino Superior

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Democracia na PUC - Pelo direito de poder querer

                                                                                           foto: Alex Falcão/Futura Press


A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo passa por mais um momento conturbado de sua história. Decisões unilaterais, descaso, desrespeito ao resultado das urnas e uma série de arbitrariedades que levaram à nomeação da professora Anna Cintra estão entre as queixas do corpo estudantil da PUC-SP. Como resposta, instaurou-se uma greve de grandes proporções que se propõe a ser um movimento unitário composto por professores, estudantes e funcionários. Se pudéssemos eleger uma palavra que definisse toda esta movimentação, tal palavra seria, certamente, DEMOCRACIA.

                                                                          Foto: Eduardo Enomoto/R7
A DEMOCRACIA presume uma autonomia da vontade geral, a fim definir os próprios rumos a serem seguidos. É o poder de decidir o que nós queremos, como e quando queremos. A primeira condição para se exigir o exercício da vontade é poder exercer as ideias e se manifestar de acordo com elas. A PUC-SP foi a primeira faculdade brasileira a admitir o voto direto para reitor, e essa tradição de mais de 30 anos vê-se ameaçada agora.
                                              Foto: Guilherme Almeida/Agencia Tragtenberg
Partindo da premissa indiscutível que os estudantes pagantes e bolsistas estão sob a égide do mesmo estatuto e sendo assegurado a todos a mesma igualdade de tratamento, o ProUni-SE! - coletivo de prounistas da PUC-SP, criado com o intuito de agregar os bolsistas do Prouni, a fim de promover debates, elucidar direitos e criar canais de comunicação entre os estudantes beneficiários do programa - exige respeito ao direito de expressão de todos os estudantes, bolsistas ou não que tenham aderido à greve, sem futuras perseguições por vias institucionais e/ou judiciais, como reprovações, ameaças, processos e sindicâncias. É certo que o princípio da igualdade entre os estudantes deve se manter inabalável mesmo em momentos de profunda crise institucional.

               

Podemos não ter a DEMOCRACIA que queremos, mas pelo menos exigimos o direito de poder QUERER!


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