A Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo passa por mais um momento conturbado de
sua história. Decisões unilaterais, descaso, desrespeito ao resultado das
urnas e uma série de arbitrariedades que levaram à nomeação da professora Anna
Cintra estão entre as queixas do corpo estudantil da PUC-SP. Como resposta,
instaurou-se uma greve de grandes proporções que se propõe a ser um movimento
unitário composto por professores, estudantes e funcionários. Se pudéssemos
eleger uma palavra que definisse toda esta movimentação, tal palavra seria,
certamente, DEMOCRACIA.
Foto: Eduardo Enomoto/R7
A DEMOCRACIA presume
uma autonomia da vontade geral, a fim definir os próprios rumos a serem
seguidos. É o poder de decidir o que nós queremos, como e quando
queremos. A primeira condição para se exigir o exercício da vontade é poder
exercer as ideias e se manifestar de acordo com elas. A PUC-SP foi a
primeira faculdade brasileira a admitir o voto direto para reitor, e essa
tradição de mais de 30 anos vê-se ameaçada agora.
Foto: Guilherme Almeida/Agencia Tragtenberg
Partindo da premissa
indiscutível que os estudantes pagantes e bolsistas estão sob a égide do mesmo
estatuto e sendo assegurado a todos a mesma igualdade de tratamento,
o ProUni-SE! - coletivo de prounistas da PUC-SP, criado com o
intuito de agregar os bolsistas do Prouni, a fim de promover debates, elucidar
direitos e criar canais de comunicação entre os estudantes beneficiários do
programa - exige respeito ao direito de
expressão de todos os estudantes, bolsistas ou não que
tenham aderido à greve, sem futuras perseguições por vias institucionais
e/ou judiciais, como reprovações, ameaças, processos e sindicâncias. É certo
que o princípio da igualdade entre os estudantes deve se manter inabalável
mesmo em momentos de profunda crise institucional.
Podemos não ter a DEMOCRACIA que queremos, mas pelo menos exigimos o direito de poder QUERER!
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